FRENTE DE ESQUERDA SOCIALISTA NO VALE DO PARAÍBA
O PSOL – Partido Socialismo e Liberdade e o PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, estiveram reunidos no último dia 17 de maio para discutir uma coligação para as eleições municipais de outubro no Vale do Paraíba. Foi aprovada a proposta de reeditar a Frente de Esquerda Socialista das eleições de 2006, da qual participaram PSOL, PSTU e PCB, e que apresentou as candidaturas da ex-senadora Heloisa Helena para presidente da República, de Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) para governador, Mauro Iasi (PCB) para vice-governador e de Luis Carlos Prates-Mancha (PSTU) para senador.
O objetivo de nossos partidos é avançar em um programa socialista com propostas concretas para as cidades do Vale, que parta das questões centrais que hoje impedem o atendimento dos anseios populares em nossa região.
Para o PSOL e o PSTU, além de apontar os problemas que atingem a maioria da população, como o desemprego, a falta de moradia e segurança, transporte caro e ruim e o sucateamento da saúde e educação públicas, entre outros, trata-se também de indicar de onde virão os recursos para o investimento nessas áreas. Um dos pontos centrais a enfrentar é a crescente dívida pública e a Lei de Responsabilidade Fiscal, que têm asfixiado o país, os estados e os municípios.
Assim também se posicionam categoricamente como oposição ao governo Lula que, eleito com a esperança de milhões de trabalhadores, somente tem beneficiado os grandes capitalistas donos de bancos e das multinacionais. Tenta comprar o apoio da população com as migalhas do Bolsa Família e do Bolsa Escola, sem realizar as mudanças estruturais necessárias, dando continuidade à política neoliberal do antecessor FHC. Privatização de rodovias e empresas públicas, tolerância com a pilhagem de nossos recursos naturais e a aceleração do desmatamento da Amazônia, desvio de curso de rios como a transposição do Rio São Francisco e anúncio de construção da Usina Nuclear de Angra 3 são empreendimentos para atender principalmente os interesses dos banqueiros internacionais e das grandes empreiteiras (generosos financiadores de campanhas eleitorais).
Além disso, ao não realizar a Reforma Agrária e privilegiar o agronegócio e a produção de biocombustível, está levando o país a uma crise de produção alimentar e ao crescimento da inflação baseada fundamentalmente no aumento dos preços dos alimentos.
Em São José dos Campos, Jacareí, Taubaté e nas demais cidades do Vale, as prefeituras do PSDB, PT, PMDB e DEM seguem o mesmo caminho de beneficiar e favorecer os grandes empresários, aproveitando a grande arrecadação para construir obras eleitoreiras e não para resolver os problemas estruturais como as enchentes, o transporte público coletivo, creches e postos de saúde, dentre vários que afligem diariamente a população. E na luta dos trabalhadores, como a dos operários da General Motors e da Johnson, essa prefeituras ficam do lado dos patrões defendendo a diminuição dos salários e a retirada de direitos conquistados.
Portanto, o PSTU e o PSOL se unem na luta pela PELA REDUÇÃO DE JORNADA SEM REDUÇÃO DE SALÁRIO E DIREITOS E CONTRA O BANCO DE HORAS. E também, contra qualquer tipo de preconceito e discriminação, seja de raça, cor, sexo ou orientação sexual.
O leque de alianças fruto dessa união apresentará um projeto político coerente, chamando a integrá-lo todos aqueles que estão no dia a dia da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e da maioria da população esmagada pelo capital. Consequentemente, inexiste a possibilidade de aliança com partidos da base governista, da oposição de direita ou com partidos de aluguel, todos porta-vozes do mesmo projeto neoliberal.
Assinam pelos partidos:
Cabral Toninho
PSOL PSTU
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