Segurança Pessoal e Direitos Humanos
SOB O SIGNO DA MORTE
Léo Lince
Ligação: Fundação Lauro Campos
O Rio de Janeiro continua lindo, mas exibe em seu cenário maravilhoso um espetáculo sombrio: um dia de cão atrás do outro. Como se não bastassem os mortos na epidemia de dengue, vítimas da incúria de maus governantes, o chumbo quente da truculência policial espalha cadáveres nos guetos pobres da cidade. Nas chacinas que se repetem, a Vila Cruzeiro foi o calvário da vez. Antigamente, os esquadrões da morte operavam na clandestinidade, agora cravam bandeiras no local do crime e ostentam, com orgulho, a licença para matar.
A mal chamada política de segurança do governo Cabral, além de criminosa, produz conseqüências ainda mais drásticas por ser equivocada. O governador ainda não descobriu que a morte não acaba nada, mesmo quando se organiza em poderosos esquadrões oficiais. Os estudiosos mais sérios da questão estão cansados de alertar: o caminho é outro. O combate ao crime que inferniza o cotidiano do cidadão é uma necessidade inadiável. Ninguém contesta. Mas a linha adotada, a repressão truculenta e desorientada, só tem feito agravar a espiral de violência.
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sexta-feira, 2 de maio de 2008
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