sexta-feira, 11 de abril de 2008

FMI anuncia crise mais prolongada

Internacional
Ligação: Esquerda.net

Portugal pode voltar a divergir em relação à UE

O Fundo Monetário Internacional (FMI) apresentou esta semana as suas previsões para a economia mundial e admite que a crise financeira gere uma contração na economia em nível global, revendo em baixa as previsões de crescimento para a maior parte das economias. A economia mundial deverá crescer 3,7%, face aos 4,1% anteriormente esperados. O crescimento em Portugal deverá ser de 1,3%, menos cinco décimas do que o FMI previa antes (1,8%) e seis décimas abaixo do crescimento de 2007 (1,9%).

A crise financeira internacional não está resolvida e os efeitos na economia vão ser profundos e duradouros: ao contrário das previsões que vinham a ser adiantadas, 2009 não vai ser o ano da recuperação. O crescimento da economia mundial não superará os 3,7 e 3,8 por cento em 2008 e 2009, um dos mais baixos resultados das últimas décadas.

Segundo o FMI, a economia dos Estados Unidos deverá crescer 0,5% (para uma previsão anterior de 1,5%), considerando que a maior economia do mundo já se encontra em recessão "suave", sendo provável que a crise financeira gere uma contracepção na economia a nível global.

As previsões de crescimento para a economia portuguesa em 2008 também foram revistas em baixa pelo FMI: Portugal deverá crescer 1,3%, menos cinco décimas do que previa antes (1,8%) e seis décimas abaixo do crescimento registrado em 2007 (1,9%). A previsão é mais pessimista do que a do Banco de Portugal, que aponta para um crescimento da economia portuguesa abaixo do esperado (2%) mas acima da Zona Euro (1,8%).

Na zona do Euro, o FMI prevê este ano um crescimento de 1,4%, que pode descer para 1,2% em 2009 (depois de um crescimento de 2,6% em 2007). Mesmo assim, este crescimento é superior ao previsto para Portugal, o que agravaria a divergência entre a economia portuguesa e a da União Européia, que se verificou nos últimos sete anos. O desemprego também continuará alto (7,6% em 2008 e 7,4% em 2009).

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